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domingo, 29 de junho de 2014

Cólicas: aprenda a identificar

Que mulher nunca passou por uma crise de cólica? A intensidade pode variar bastante, e, dependendo do caso, nos incapacita de fazer qualquer coisa. Mas, apesar de comuns na rotina feminina, elas devem ser observadas com atenção, pois podem ser sintoma de que algo não vai bem.

Ai, que cólica!
“Cólica menstrual ou dismenorreia é a dor pélvica (em baixo ventre) provocada pelas contrações uterinas, em decorrência da liberação de prostaglandinas. Ela pode ocorrer antes, durante e após o período menstrual”,
explica o Dr. Rodrigo Pereira de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano (São Paulo). “A cólica menstrual caracteriza-se por ciclos de dor intensa, com aumento gradual da intensidade até um pico e depois melhora lentamente. A severidade é variável, e pode irradiar para a região lombar e coxas”, explica o Dr. Francisco Furtado Filho*, ginecologista do Hospital VITA Batel (Curitiba).
Algumas mudanças simples nos hábitos de vida, como praticar atividade física, alongamentos, aplicação de calor local e uma dieta equilibrada, podem amenizar esse mal-estar. Medicamentos são permitidos desde que com acompanhamento médico, já que seu uso indiscriminado pode mascarar casos mais complicados.

Quando é hora de investigar?

“Caso as cólicas não sejam resolvidas com medidas simples, ou sejam persistentes e cíclicas, deve-se procurar ajuda médica para o devido diagnóstico”, recomenda o Dr. Francisco.
Algumas causas mais comuns são:
Adenomiose – As células endometriais invadem o espaço entre as fibras musculares do útero e, em alguns casos, formam nódulos simulando miomas, chamados adenomas. “Nesse caso as cólicas são crônicas, com irradiação para as coxas e/ou região lombar, acompanhadas de sensação de peso no abdômen, com ou sem alterações dos sistemas urinário e/ou intestinal. A dor nas relações sexuais (dispareunia) também poderá ser observada”, diz o Dr. Francisco.
Endometriose pélvica – Caracteriza-se pela presença de células do endométrio fora da cavidade uterina. “Neste caso, as cólicas são habitualmente cíclicas, piorando no período pré-menstrual e menstrual. Podem variar de intensidade independentemente do grau de endometriose”, explica o Dr. Francisco. Essa condição pode acompanhar infertilidade, e nem sempre provoca dor.
Retroversão uterina – Ou “útero virado”. É uma condição em que o útero encontra-se com o fundo do corpo uterino voltado para a coluna lombar e sacral. Pode causar cólicas de diferentes intensidades e características, e pode acompanhar mudanças de hábitos intestinais e urinários.
“É muito importante diferenciá-las, mas isso nem sempre é uma tarefa fácil. Deve-se realizar uma avaliação médica minuciosa, pois a história clínica (características da cólica, intensidade, fatores de melhora ou piora etc.), associada a exames físicos, laboratoriais e de imagem, é necessária para o diagnóstico correto”, explica o Dr. Rodrigo.

fonte:www.atmosferafeminina.com.br/

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