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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Fruto do Espírito — Amor: o fruto excelente

Leitura Bíblica: Jo 13:34,35; Lc 6:27-35

III PARTE


III – AMOR AO PRÓXIMO-A DIMENSÃO HORIZONTAL

   Deus fez o homem um ser social, por isso não é bom que esteja só (Gn.1:18). Em sendo assim, o amor divino que se encontra no salvo não se limita apenas ao relacionamento entre Deus e o homem, mas também se manifesta em direção às demais pessoas que estão à volta do salvo.Por isso, Jesus, ao responder à indagação daquele doutor da lei, fez a devida complementação, para mostrar que um bom relacionamento entre Deus e o salvo redunda num bom relacionamento entre o salvo e os demais seres humanos. Quem ama a Deus, ama o próximo(1Jo 4:21).
   O amor a Deus é pressuposto para que se tenha amor ao próximo. Não é possível amar o próximo sem que antes se ame a Deus. Daí porque não podermos confundir o amor ao próximo com o mero exercício de filantropia, com dó ou qualquer outro sentimento que tenha em vista a ajuda circunstancial a outrem, como, aliás, defendem aqueles que acham que as boas obras de alguém ocasionam a este alguém algum progresso espiritual.
  • Amar o próximo não é dizer a alguém que o ama, mas um amor que se mostra por atitudes concretas, por ações efetivas, por obras. Amor ao próximo não é amor de palavra nem de língua, mas amor por obras e em verdade (I Jo.3:18).
  • Amar o próximo é sentir compaixão por ele, ou seja, sentir a sua dor, como se fosse nossa e, assim, suprir as necessidades imediatas do nosso semelhante, lembrando que ele é tão imagem e semelhança de Deus quanto nós. O próximo é qualquer ser humano, como bem nos explicitou Jesus na parábola do bom samaritano, e este amor supera todo e qualquer preconceito, toda e qualquer barreira, toda e qualquer tradição.
  • Amar o próximo não é apenas ajudar alguém do ponto-de-vista material, mas, sobretudo, levar este alguém a uma vida de comunhão com Deus, a um equilíbrio em todos os aspectos da sua vida. Medidas emergenciais serão necessárias, como nos mostra a parábola do bom samaritano, mas é extremamente necessário que levemos o próximo a entender que deve, sobretudo, amar a Deus, para que também ame o próximo, como nós o amamos.
  • O amor ao próximo é determinado pelo Senhor, é seu mandamento (Jo.15:12) e tem como exemplo o próprio amor que Cristo apresentou a nós, ou seja, o da completa renúncia para que desfrutássemos da vida eterna. Jesus nos amou primeiro, fez o que não podíamos fazer, mas nem por isso fez o que poderíamos e deveríamos fazer.Este é o limite do amor ao próximo: fazer aquilo que ele não pode fazer, mas ensinar-lhe a fazer o que pode e deve fazer.
Quando amamos o próximo da forma determinada na Palavra de Deus, melhoramos sensivelmente o ambiente em que vivemos.

IV – AMOR A SI MESMO – A DIMENSÃO INTERIOR

1) O “amor a si mesmo” reflete o amor de Deus em nós - Ao proferir o segundo grande mandamento, Cristo faz uma observação extremamente importante: “amarás o próximo como a ti mesmo”.
  O amor divino, implantado no coração do homem pelo Espírito Santo, após o arrependimento dos pecados, não gera apenas uma fonte que jorra em direção a Deus, estabelecendo a comunhão entre o salvo e o Senhor, nem somente em relação ao próximo, que é qualquer outro ser humano, mas também estabelece um canal que gera amor no próprio salvo.
  
O cristão é uma pessoa que se ama, ou seja, alguém que se gosta, alguém que tem auto-estima, alguém que não se despreza, que não se acha inferior, que não é uma pessoa mal resolvida consigo própria. Mas alguém poderá dizer:  Jesus se amava?  Ele não se entregou por nós?  Ele não deixou a sua glória? Como podemos dizer que Jesus se amava? Ora, esta questão tem uma resposta afirmativa, pois Jesus jamais iria ensinar algo que não tivesse feito (At.1:1). Nesta terra, Jesus foi a pessoa que mais se amou. Como podemos afirmar isto? pelo simples fato de que foi a única pessoa que não pecou(Hb.4:15). A maior prova que damos de que amamos a nós mesmos é o fato de não pecarmos, de não sermos atraídos pela nossa concupiscência e, deste modo, garantirmos vida eterna para nós.

Entretanto, não podemos confundir amar a si mesmo com “ser amante de si mesmo”, que é uma característica do ímpio e não do salvo (cfr. II Tm.3:2). Ser amante de si mesmo é colocar-se no lugar de Deus, passar a querer tirar vantagem de tudo para si, é se relacionar com os outros buscando tão somente o bem próprio, a satisfação própria, é idolatrar a si mesmo. Quem, por exemplo, pratica boas obras para “crescer”, “evoluir” espiritualmente está sendo amante de si mesmo, pois não visa o bem do outrem, mas o próprio bem. Usa o outro como meio para atingir o fim, que é o benefício próprio.
É a atitude popularmente conhecida como “venha a nós, vosso reino nada”.

2) O pecado impede que a pessoa ame a si mesma - O homem, ao pecar, perdeu a capacidade plena de poder amar. Na medida em que se foi aprofundando no lamaçal do pecado, o homem foi, proporcionalmente, perdendo a capacidade de amar – de amar a Deus, de amar a si mesmo, de amar ao próximo. Todavia, o amor nunca foi eliminado, de forma total e absoluta da vida do homem, porque o amor faz parte de sua própria natureza,visto ter sido ele criado à imagem de Deus e ... “Deus é amor”.
Por mais primitivo que seja o homem, por mais estúpido, por mais mau caráter, mesmo assim existe uma centelha de amor, por mais que alguns procurem esconde-la.Todo homem ama alguém, ou alguma coisa. Daí o adágio que diz que “os brutos também amam”.
Amar-se é procurar o melhor para si. Amar-se é buscar o que há de mais excelente para si. Amar-se é criar condições para que haja o mais pleno desenvolvimento de seu ser, de sua essência e isto só é possível no ser humano quando eliminamos o fator que faz com que a natureza humana decaia e seja distorcida:o pecado.
Damos prova de que nos amamos quando nos santificamos, quando buscamos a santidade, quando nos separamos do pecado: “sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca, mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo”(I Jo.5:18a). Amar-se é, portanto, separar-se do pecado, conservar-se irrepreensível, espírito, alma e corpo até a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (I Ts.5:23).

3) Relação entre as três dimensões do amor ágape – Cada uma destas três dimensões do amor é dependente das outras.
Não podemos amar o próximo, se não amamos a Deus. Se menosprezarmos o próximo, não amamos a Deus. Se odiarmos a nós mesmos, não podemos mostrar a preocupação adequada pelas necessidades do nosso semelhante, porque não temos a preocupação adequada por nossas próprias necessidades.
O Espírito Santo restaura no homem a imagem de Deus, devolvendo-lhe a capacidade de Amar – “Mas o fruto do Espírito é: amor...”(Gl 5:22). Biblicamente, a vida cristã tem que começar com o Novo Nascimento. Paulo afirmou: “assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”(2Co 5:17). Neste novo homem o Espírito Santo pode habitar – “...Porque vós sois o templo do Deus vivente...” (2Co 6:16).
Assim, na medida em que o homem vai dando lugar ao Espírito Santo, ele vai moldando nesse novo homem, a imagem de Deus. Na proporção em que a imagem de Deus vai sendo restaurada, mais e mais a natureza de Deus vai sendo devolvida ao homem, e, “...Deus é amor”.
É assim que o homem poderá chegar à capacidade plena de amar. De amar a Deus, de amar a si mesmo, de amar os que o amam... e de amar, também, os seus inimigos.
Deus não pede o que o homem não tem para dar; Deus não exige o que o homem não pode fazer.Deus sabe que os seus filhos têm amor para dar; Deus sabe que seus filhos podem amar até os seus inimigos.

V – CONCLUSÃO

Sabemos, pela Bíblia, que quando Deus pede, e quando Ele exige, Ele coloca, antes, ao nosso alcance as condições para que possamos ter o que Ele pede e possamos fazer o que Ele exige.
Assim foi que, sabendo que eu, e talvez também você, não poderíamos viver de acordo com os ensinos de Cristo e nem cumprir as Leis do Reino de Deus usando o nosso próprio amor, então Ele nos deu, e colocou à nossa disposição o seu próprio amor, conforme declarou Paulo: “...porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”(Ro 5:5). Para amar os meus inimigos, Deus quer que eu use o seu amorA Bíblia diz que Deus é amor.
Para amar, portanto, o que o homem precisa é ter Deus na sua própria vida. Sabemos que Deus está na vida do homem crente e salvo, através do Espírito Santo. Sendo assim, torna-se realmente possível amar até os próprios inimigos, pois, a Palavra de Deus diz que “...o fruto do Espírito é: amor...”Amor: O Fruto Excelente, é o segredo do Cristão!

FONTE:retrospectivasbiblicas.blogspot.com

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