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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Fruto do Espírito — Amor: o fruto excelente

Leitura Bíblica: Jo 13:34,35; Lc 6:27-35
II PARTE

2) Amor Fraterno, conhecido como Amor philia (2Pe 1:7  E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade”). É o amor emocional, sentimental, decorrente de uma atitude de simpatia, de empatia, é a amizade. Este tipo de amor permite-nos gostar daquilo que nos agrada. É um amor que nasce do valor que damos ao ente amado.
    É o amor característico entre os seres humanos. É inferior ao amor “ágape”, pois depende de uma reciprocidade, ou seja, somos amigáveis e amorosos somente com os que assim agem – “E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam(Lc 6:32).
3) Amor físico –Este tipo de amor humano, que não é mencionado na Bíblia Sagrada como forma de doutrina., é conhecido como Amor eros ,e vem de “Eros”, que era uma das divindades menores da mitologia grega (o “cupido” dos romanos). Este amor é o amor carnal, o instinto sexual, a atração física. Desta palavra grega temos palavras em português como “erotismo”, “erótico”, que bem descrevem a natureza deste amor. Este amor, de forma distorcida, é difundido no mundo de hoje, dando origem a toda sorte de imoralidade e impureza sexual.
    Quando o crente pratica o amor ágape o “eros” terá o seu devido lugar e sua prática dentro dos padrões que regem os princípios éticos dos cônjuges cristãos. É difícil um casal cristão subsistir sem o amor “eros”.

4) O Amor familiar – Entre os gregos, também, há a menção a um outro tipo de amor, o amor “storge, amor existente entre pais e filhos, fruto da afeição parental, o amor mais sublime que existe entre os homens, como afirma o Senhor em sua Palavra como vemos em Isaias 49:15 ou Isaias 66:13 –“Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti”. ” Como alguém a quem consola sua mãe, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados”. Também, se aplica quando se considera Deus como Pai.
- O amor divino, quando passa a existir no ser humano, o que somente é possível mediante a salvação, gera uma fonte de água que jorra para a vida eterna (Jo.4:14). Se é fonte de água que jorra, é água em movimento; se é água em movimento, é água que atinge outros lugares; se é água que atinge outros lugares, é água que leva a vida eterna até estes outros lugares. O homem salvo possui amor que se manifesta:
Em direção a Deus – Dimensão Vertical;
Em direção aos outros homens – Direção Horizontal;
Em direção a si mesmo – Direção Interior.

II – AMOR A DEUS – A DIMENSÃO VERTICAL

1) Amar a Deus acima de tudo - Após termos visto que o amor é uma característica indispensável para quem diz ser filho de Deus, é como se fosse o próprio DNA espiritual do cristão sincero e verdadeiro, devemos observar que este amor não é apenas a essência da comunhão entre Deus e o homem, o próprio núcleo da vida espiritual, mas é, como afirma Paulo, o primeiro “gomo” do fruto do Espírito (Gl.5:22), ou seja, necessariamente este amor, como já falamos supra, tem de se traduzir em atitudes, em ações, tem de se manifestar fora do indivíduo.
    Não foi por outra razão que Deus, ao entregar a Moisés a lei, estabeleceu que o resumo de todos os mandamentos fosse “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.”(Dt.6:5). Só assim poderia haver a guarda de todos os mandamentos e, por conseguinte, temor a Deus e vida (cfr. Dt.6:1,2), mandamento que foi endossado por Cristo, quando indagado a respeito do que era mais importante na lei (Mt.22:37).
   Portanto, amar a Deus significa submeter-se à vontade do Senhor, fazer aquilo que Ele nos manda na sua Palavra. Significa renunciar à vontade própria, ao ego, à sua individualidade para fazer aquilo que o Senhor determinou que fizéssemos. Não é possível amar a Deus sem observar a sua Palavra.
     A primeira prova que temos de que alguém realmente se tornou um filho de Deus é o fato de que ele passou a amar a Deus e amar a Deus é simples de ser verificado. “Vós sereis meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando” (Jo.15:14). “Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, este é o que Me ama.” (Jo.14:21-a).

2) O exemplo de Jesus – Jesus deixou-nos o maior exemplo de como praticar o amor “ágape”.  É o amor que Ele ensinou e viveu –“ Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele”(Jo 14:21). A Lei de Moisés contemplava o principio da vingança pessoal, sendo que uma ofensa deveria ser paga com outra ofensa – “Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe”(Ex 21:24-25).
    O Senhor Jesus, contudo, em seu Reino, implantou uma nova Lei: a Lei do Amor, que instituiu o Princípio do Perdão – “Ouvistes que foi dito, olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E ao que quiser pleitear contigo, e tirar-lhe o vestido, larga-lhe também a capa. E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas... Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem”(Mt 5:38-44).
    Podemos imaginar o espanto dos Judeus ao ouvirem este ensino! Eles teriam que aplicar tudo isto em relação aos Romanos. Do ponto de vista humano, isto é impossível! O homem natural não tem condições de cumprir as Leis do Reino de Deus.
    Amar nossos inimigos; bendizer os que nos maldizem; fazer bem aos que nos odeiam; orar pelos que nos maltratam e nos perseguem – isto é demais! Se esta é a condição, e esta é a condição, então é certo que o homem natural jamais poderá chegar no Céu; jamais poderá viver a vida cristã como ela deve ser vivida; jamais poderá ser filho de Deus! Para ser filho de Deus é preciso viver conforme o Senhor Jesus ensinou – “Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus...”.
    O Pai, que está no céu, ama e abençoa os seus inimigos – “...porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos”(Mt 5:45). Perceba que os maus e os injustos devem suas vidas a Deus e foi, também, por eles que Deus deu o seu Filho – Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna” - João 3:16.
   Nunca houve Reino sem prisões cheias de inimigos, sem pena de morte para quem se levantasse contra o Rei.Todavia, o Senhor Jesus fundou o seu Reino em bases nunca vistas antes. Em lugar de mandar prender, espancar, matar seus inimigos e opositores de seu Reino, ele ordenou aos seus súditos, como um dever, dizendo-lhes – “amai a vossos inimigos...”. Jesus é, pois, um Rei diferente de todos os demais Reis e seu Reino em nada se assemelha a qualquer outro Reino. Ele também exige que seus súditos não sejam como os súditos dos outros Reinos. O amor é o fundamento do Seu Reino.

3)O teste do amor ágape - Dissemos que o homem natural jamais poderá viver a Vida Cristã como ela deve ser vivida. Não pode haver Cristianismo sem amor, sem muito amor. 
   A marca registrada do discípulo de Jesus é o amor, conforme afirmou o próprio Jesus: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” - João 13:35.
   O amor é, também, o distintivo do filho de Deus  Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo...” (Lc 6:35).
   Ser “evangélico”, especialmente aqui no Brasil, não é difícil. Porém,em qualquer parte do mundo, ser discípulo de Cristo, ser cristão, ser filho de Deus, é simplesmente impossível sem o Novo NascimentoO homem natural, dependendo do grau de envolvimento com o pecado, ele perde a capacidade até de amar a si mesmo, de zelar pela sua auto-estima. Nesta condição, de forma alguma ele poderá viver tal como o Senhor Jesus ensinou : “...Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e toda a tua alma, e de todo o teu pensamento...Amarás o teu próximo como a ti mesmo(Mt 22:37, 39).

   Na expressão “o teu próximo”, estão incluídos, também, os inimigos, por isto o Senhor Jesus foi taxativo ao declarar – “...amai a vossos inimigos...”.Ser “evangélico” pode ser fácil, masser um crente salvo é difícil, é impossível para o homem naturalTalvez seja esta uma das causas que muitas denominações, ditas como evangélicas, preferem não ensinar, no seu todo, a Palavra de Deus. Preferem esconder a Cruz e manter o povo em ritmo de festa, envolvendo-o mais e mais com a busca das coisas da terra. Ensinar sobre o negar-se a si mesmo, amar os inimigos,fazer bem aos que nos aborrecem, bendizer os que nos maldizem, orar pelos que nos caluniam, oferecer a outra face, entregar a capa e também a túnica, caminhar a segunda milha – este ensino somente os que nasceram de novo, somente os verdadeiros cristãos, somente os cidadãos do Céu, somente os discípulos de Jesus, somente os filhos de Deus, somente os detentores do amor agapê podem aceitar. E, só podem aceitar, porque, conforme afirmou Paulo: “porque o amor de Cristo nos constrange...” (2Co 5:14).

  O amor a Deus é total e incondicional. Jesus disse que o amor deve ser de toda a alma, ou seja, toda a nossa personalidade, toda a nossa individualidade tem de ser sujeita ao Senhor e à sua vontade. Como sabemos, a alma humana é a sede de nossa personalidade, é o elemento que nos faz distintos uns dos outros e cujas principais faculdades são: a vontade, o intelecto e o sentimento. Ora, é a submissão de tudo isto a Deus que significa o nosso amor ao Senhor.
  Quando amamos a Deus, colocamos nosso sentimento, nosso intelecto e nossa vontade a serviço do Senhor. Somente assim realmente demonstraremos que amamos a Deus.

FONTE:retrospectivasbiblicas.blogspot.com

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