Daniel era adolescente quando Nabucodonosor invadiu a sua terra natal e o levou para a Babilônia. Esse era só o começo do cativeiro babilônico e da devastação da nação judaica. Poucos anos depois, mais uma leva de cativos foi levada embora, estando Ezequiel entre ela. Logo após isso, o último ataque se deu, e a destruição do templo e de Jerusalém ficou quase completa.
Na Babilônia, pela providência de Deus, Daniel rapidamente ganhou fama e poder por causa de sua conduta impecável e de sua sabedoria (veja Ezequiel 14:14, 20; 28:3). Ele recebeu das autoridades babilônicas cargos de responsabilidade durante os 70 anos de domínio da nação, tendo recebido cargos também dos persas, que se seguiram aos babilônios.
Daniel sabia de que forma funcionavam os reinados da terra, e como eram frágeis e passageiros. O próprio Israel, sua nação, já tinha sido importante e próspera sob o domínio de Davi e de Salomão. Agora achava-se em ruínas. Ao longo da vida de Daniel, caiu a Assíria, levantou-se a Babilônia e depois veio também a cair. Então, parece adequado que Deus o tenha escolhido para profetizar com respeito ao "reino que não será jamais destruído" (Daniel 2:44).
Daniel relata dois sonhos importantes pertinentes ao reino de Deus. O primeiro foi o sonho de Nabucodonosor durante o segundo ano de seu reinado (Daniel 2). O segundo foi o sonho de Daniel no primeiro ano do reinado de Belsazar (cerca de 60 anos após o sonho de Nabucodonosor).
No sonho de Nabucodonosor, ele tinha visto uma grande figura com cabeça de ouro, peito e braços de bronze e pernas de ferro e barro. Depois que os sábios do reino já não conseguiam contar o sonho do rei e interpretá-lo, Daniel, pela revelação divina, assim fez.
A cabeça de ouro representava o Império Babilônico (606-
No sonho de Daniel, uns 60 anos mais tarde, ele viu quatro feras que se levantavam do mar. Uma como um leão, outra como um urso, outra como um leopardo e a quarta com dez chifres, descrita como "animal, terrível, espantoso e sobremodo forte". Essas feras representavam as mesmas quatro potências mundiais representadas pela imagem que Nabucodonosor viu (Daniel 7:15-27), sendo a quarta o Império Romano que foi por fim dividido, conforme a representação dos dez chifres. Depois Daniel vê "um como o Filho do Homem", que "dirigiu-se ao Ancião de dias" para receber "domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações, e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído" (Daniel 7:13-14).
Jesus nasceu no reinado do imperador romano César Augusto (Lucas 2:1). Após ser crucificado pelas autoridades romanas e após ressurgir dos mortos, imediatamente antes de subir ao céu, ele afirmou que toda autoridade lhe tinha sido dada no céu e na terra (Mateus 28:18). O escritor de Hebreus declara que, como cristãos, recebemos um reino que não pode ser abalado nem mudado (Hebreus 12:28). Paulo afirma que os que receberam a redenção e o perdão em Cristo foram transportados "para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1:13-14).
Não resta dúvida sobre quando se estabeleceu o reino da profecia de Daniel. Foi quando Jesus ressurgiu dos mortos, subiu ao céu e sentou-se à direita do Pai, sendo feito assim Cristo e Senhor (Atos 2:30-36). O que se viu e ouviu no Dia de Pentecostes deram provas de que isso realmente aconteceu (Atos 2:33). Como disse Pedro, Cristo estava assentado à direita de Deus, tendo recebido "domínio, e glória, e o reino". Embora Pedro afirme que Jesus ressuscitou de entre os mortos para subir até a direita de Deus e se sentar no trono de Davi (recebendo, assim, um reino), Paulo diz que ele ressurgiu para subir até a direita de Deus para ser o cabeça da igreja e de todas as coisas: "O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as cousas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as cousas, o deu à Igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as cousas" (Efésios 1:20-23).
Assim, o Deus do céu de fato estabeleceu seu reino nos dias do quarto reino S exatamente como Daniel o predisse. Esse reino (pedra cortada sem auxílio de mãos) encheu toda a terra (veja Colossenses 1:23 ) e ainda permanece S muito depois de "o vento os levou [as quatro potências mundiais] e deles não se viram mais vestígios" (Daniel 2:35).
Como Daniel sabia que tudo isso ia acontecer? Deixe que ele fale por si mesmo: "Mas há um Deus no céu, o qual revela mistérios" (Daniel 2:28). Na verdade, Daniel era o profeta de Deus que tratou do reino.
fonte:http://www.idagospel.com
0 comentários:
Postar um comentário