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sábado, 13 de junho de 2015

Enfrentando o Medo


Quem nunca passou por uma experiência de medo tão forte, que dizê-lo em palavras seria quase impossível? Já passei por medos inexistentes, ou seja, medo ilusório, como também já passei por situações vexatórias em que tive que gritar a Palavra de Deus como Davi, pois o medo tomou conta de mim e senti-me paralisada e impotente. Disse:
“Deus a tua palavra me diz que no dia em que temer eu hei de confiar em Ti” (Salmo 56.3). Quando citei esse versículo, algo inédito aconteceu! Aquilo que estava me causando medo desapareceu até hoje, e naquele momento senti como que o Senhor chegando junto a mim e me envolvendo em seus braços, como um pai segura uma criança quando passa por um grande susto ou um grande medo e diz: “calma, filho, papai está aqui. Não tenha medo”.


Quero falar um pouco sobre o medo – o grande desencadeador de problemas psicossomáticos ao redor do mundo. O patriarca Jó, no momento de sua crise existencial, chegou a dizer: “Exatamente aquilo que mais eu temia desabou sobre minha cabeça, e o que me dava medo veio me assombrar” (Jó 3.25; Bíblia King James, atualizada). Será que há saída para o medo?
A mulher é um ser que facilmente é dominada pelo medo. O medo de não ser amada, medo do abandono, medo de tomar decisões erradas, medo da dependência, medo da independência, medo do fracasso, medo do sucesso. Medo de não conseguir dar conta das atividades, medo de ser muito proficiente no que faz, medo de ter ou não ter filhos, medo de não atender às expectativas dos que nos cercam, medo, medo, medo… São esses medos que nos paralisam e fazem com que muitas mulheres se comportem de maneiras que são contra sua natureza.


Medo é uma emoção desencadeada por uma estimulação que tem o equivale para o organismo ao perigo. Manifesta-se em animais e nos homens através de diversas reações como eriçamento dos pelos, abaixamento das pálpebras, tremores e dependendo da intensidade, pode haver mudança de conduta ou de sintomas e varia de indivíduo a individuo. O medo não deixa de ser uma reação, que é ativada diante de um perigo real. Sua intensidade depende do risco que esse perigo nos cause. Diante de uma serpente, por exemplo, você terá uma destas atitudes: ou você se adapta à situação, recua lentamente antes mesmo da serpente dar o bote, ou fica paralisado(a) gritando. Ou ainda, pode haver uma terceira reação que é sair correndo.


Há também o medo do nada, que a princípio, seus sintomas podem ser controlados. O medo regulado é saudável e se desfaz rapidamente, logo que o perigo passa, principalmente quando percebemos que o nosso medo não se tratava de algo ameaçador. Todos nós passamos por esse tipo de medo. Veja um exemplo corriqueiro: às vezes estamos em casa sozinho(a) e escutamos um barulho forte dentro de casa ou sentimos que a porta se abriu. Dependendo do seu estresse do dia, vem à sua mente alguns pensamentos: “será que entrou alguém?”, “será que fechei a porta?”, ou “alguém está rondando a casa?”, “Alguém entrou no apartamento pela escada”… e assim surgem os pensamentos que podem levar a uma reação de paralisação ou de tomada de atitude – se você é daqueles que checa as coisas, logo verá que foi um medo infundado. Se você é daqueles que paralisa, como eu, o medo continua até chegar alguém para nos provar que nosso medo foi sem fundamento, mas, para nós, com motivos pertinentes.


Certo dia, estava muito cansada e não fui com meu marido ao culto. Fiquei vendo o repórter, sentada no sofá, e sem perceber, ali mesmo dormi um sono profundo. Lá pras oito e meia, despertei-me e vi um clarão dentro de casa. Todas as lâmpadas do apartamento estavam acessas, desde a varanda até o ultimo banheiro da área de serviço. Imagine o medo que me tomou! Comecei a tremer e a checar os cômodos da casa. Quando chego na cozinha, para aumentar meu medo, a porta estava escancarada. Entro em um dos quartos e vejo uma cadeira fora do lugar e a porta do guarda-roupa semi-aberta. Em seguida, vieram pensamentos automáticos: “o ladrão entrou, me viu deitada e se escondeu para depois que Ailton chegar, nos assaltar”. Qual foi minha reação? Fechei a porta e fui para o banheiro. Tranquei a porta e fiquei orando, tremendo completamente. Quando meu marido chegou, gritou: “Judite, cadê você?”. Eu saí do banheiro e fiz sinal com o dedo para que ficasse calado, e disse-lhe que havia um ladrão dentro do quarto. Ele, como sempre sem medo e destemido, perguntou-me: “como você sabe disso?”. Eu contei o ocorrido, e ele prontamente foi ao quarto, olhou debaixo da cama, dentro do guarda-roupa e concluiu: “foi tu, mulher, que esqueceste de fechar a porta, e deixaste a luz acessa!”. Respirei aliviada, mas ainda assim me custou pegar no sono.


Creio que com você já deve ter acontecido algo semelhante. O circuito biológico do medo pode se instaurar por motivos reais ou fortuitos. O pânico pode se instalar depois de uma experiência como a citada ou por outra qualquer, deixando-a acuada, ou fazendo-a correr diante até mesmo de um inofensivo galho de árvore. O medo quando não controlado, pode trazer a lume outras fobias, como a angústia e a ansiedade, que são medos “sem objeto”. O perigo ainda não está presente, mas já se sente o pavor. Por esse motivo o salmista disse: “não temerás o pavor noturno” (Sl 91.5). Geralmente, o ansioso tem medo do passado que não pode fazer mais nada por ele, e do futuro, por não saber como será. Por isso, o apóstolo Pedro disse: “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5.7).


O maior problema acontece quando deixamo-nos guiar pelo medo. Quantas mulheres são impulsionadas pelos temores de sua vida? São pessoas que precisam estar constantemente com o sentimento de que algo ruim irá acontecer, para que assim, possam sentir-se motivadas. Mas há um custo elevado e Deus não nos chamou para isso. Pelo contrário, em Sua Palavra diz que “No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1 Jo 4.18). Veja que o medo é sinal de imaturidade espiritual. Quanto mais nos aproximamos de Deus e temos experiências com Ele, mas descansaremos no Seu amor. O apóstolo Paulo escreveu: “Porque Deus não nos deu um espírito de temor [medo], mas um espírito de amor e de auto-disciplina” (2 Tim. 1:7, NVI). Somos livres em Cristo, e o medo não nos pode dominar.


Infelizmente, homens e mulheres que alimentam a sua alma com os manjares do mundo, atraem para si o medo. E esse estilo de vida traz graves consequências, pois o medo desativa; o medo encurta a vida. O medo paralisa nossas relações com os outros e bloqueia a nossa relação com Deus. O medo torna a vida uma tarefa árdua.
Claro, o medo pode servir a um propósito positivo, como falamos, pois foi projetado por Deus para dar aos nossos corpos os sinais que precisamos em situações de emergência e risco. Mas quando o medo se torna uma condição permanente, um companheiro aliado, podemos ter o nosso espírito paralisado, impedindo-nos de assumir os riscos da vida abundante que Deus preparou para nós. Deixamos de ser generosos, amorosos e autênticos, porque tememos a reação dos outros. Mas o verdadeiro crente precisa andar neste mundo como andou o Seu Mestre, sabendo que estamos aqui para glorificar o Seu nome e para cumprir o propósito daquEle que nos fez e que tem em Suas mãos o controle da nossa vida.


Sempre que o medo lhe assaltar, lembre-se que as Palavras do Senhor podem lhe consolar e acalmar. Leia a sua Bíblia. Nela há Palavras de Vida Eterna que podem aquietar nosso espírito. Lá, você verá que o medo existe, sim, e que é uma experiência muito comum. Mas veremos também, que é possível viver no meio de uma devastação, e ainda sim, estar tranquilo. Aleluia! Eu mesma já experimentei grandes provas e ainda sim, meu coração não temeu. É algo como o que o profeta Habacuque falou: “Ouvi isso, e o meu íntimo estremeceu, meus lábios tremeram; os meus ossos desfaleceram; minhas pernas vacilavam. Tranqüilo esperarei o dia da desgraça que virá sobre o povo que nos ataca” (Hc 3.16). Veja que contradições! O íntimo treme diante dos maus prognósticos, pois somos humanos. Mas, “tranquilo” esperou pelo dia do descanso. Essa segunda parte do versículo só experimenta quem tem o Deus Jeová como Senhor sobre sua vida. A bendita fé e esperança divinas nos fazem passar pelo “vale da sombra da morte” sem temer mal algum, pois sentimos que o Grande está conosco. Sim, podemos ter uma mente tranquila e um coração feliz, com a ajuda de Deus.


Considere os seus medos à luz das Escrituras. Nela, você descobre o valor que tem para Deus. Nela, ganhamos nova dignidade de vida. Nela, descobrimos que o Senhor, o Criador do Universo, nos ama e nos conhece pelo nome (Ex 33.17) e que ainda que alguém nos rejeite (e a Bíblia coloca o último grau de rejeição – o abandono pela própria mãe – para nos mostrar o tamanho do amor de Deus), Ele, todavia, não se esquece de nós. “Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você!” (Is 49.15). Somos suas ovelhas, e Ele conhece a cada uma de nós pelo nome (Jo 10.14-15).


Construa uma sólida base espiritual e torne-se consciente dos recursos que Deus lhe deu para enfrentar os desafios desta vida. Ele não nos deixou a sós neste mundo. Ele prometeu que estaria conosco todos os dias. Não se apresse para eliminar seus medos. Caminhe um pouco a cada dia, cresça um pouco a cada dia no conhecimento de Deus e de si própria pela Palavra e oração. Um boa construção leva tempo. Não tenha pressa. Seja humilde e aceite a ajuda de outros. Seja autêntica. Seja generosa. Ame, acima de tudo.


Faça como o salmista, no Salmo 27:8-14:
“A teu respeito [Senhor] diz o meu coração: “Busque a minha face! ”
A tua face, Senhor, buscarei. Não escondas de mim a tua face,
não rejeites com ira o teu servo; tu tens sido o meu ajudador.
Não me desampares nem me abandones, ó Deus, meu salvador!
Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá.
Ensina-me o teu caminho, Senhor; conduze-me por uma vereda segura por causa dos meus inimigos.
…esta certeza eu tenho: viverei até ver a bondade do Senhor na terra.
Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor”.
Espere no Senhor, amada, e seja forte! Este lugar é de luta. A eternidade nos espera. Lá, descansaremos de todos os temores daqui.

fonte:http://blogs.rbc1.com.br/b/amulhereseusdesafios/

2 comentários:

  1. Já há muito tempo que não fazia uma visita, vim e encontrei este belo texto, acho que todos os remidos passam por situações idênticas, eu tenho a experiência do poder da Palavra em livrar, dar força e coragem, em situações difíceis corro à Palavra,
    Tudo bom e muita Paz de Jesus.

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  2. Estou a tentar visitar todos os seguidores do Peregrino E Servo, e verifiquei que eu estava a seguir sem foto, por motivo de uma acção do google, tive de voltar a seguir, com outra foto. Aproveito para deixar um fraterno abraço.
    António Jesus Batalha.

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Juliana Crochê & Cia