Introdução:
Somos o que falamos. Vivemos o que pensamos.
Refletimos a alma no que sonhamos. Jesus ao abençoar seus ouvintes, estava
compartilhando com eles sua personalidade. Em cada bem-aventurança estava sua
vida. Por isso, proclamou o que queria que seus discípulos desfrutassem no dia
a dia e na eternidade. Há paradigmas que parecem errados, mas no Reino de Deus
os mistérios vão se desenrolando gradativos para o espírito humano.
1 – POBRES
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque
deles é o Reino dos céus.” Mt 5.3. A pobreza em referência não se trata de
finanças, mas, em certo sentido, a pobreza de bens deste mundo foi a que Jesus
Cristo viveu desde a infância. Jesus não tinha o dinheiro do imposto. Não tinha
onde reclinar a cabeça. Multiplicou pães em vez de mandar comprá-los. O jumento
foi emprestado. Ser pobre não é virtude e ser rico não é pecado.
Pobre de
espírito diz respeito à compreensão que se tem de necessitar da graça de Deus.
Em meio à pobreza a fé brota mais fácil.
2 – CHORÕES
“Bem-aventurados os que choram, porque eles
serão consolados.” Mt 5.4. Jesus chorou. Ele sabia das dores que o sofrimento
gera na alma. O profeta disse que Jesus seria homem de dores. Chorou pelos
pecadores. “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela,” Lc 19.41.
O consolo veio a ele no Getsêmani por meio do anjo. Os discípulos permaneceram
com o Mestre no jardim até ele ser preso. Mas na cruz, Jesus derramou suas
lágrimas mais sentidas, mas resgatou o mundo com seu sacrifício.
3 – MANSOS
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão
a terra.” Mt 5.5. Jesus reivindicou para si o exemplo de mansidão. Sua ternura
com os inimigos e pecadores foi de chamar a atenção. Ele não viera duelar com
os poderosos, mas vencer o diabo. Sua brandura nunca foi igualada. Suportou
ataques frios e covardes dos invejosos, mas continuou sua obra. Ouviu sobre a
morte cruel de João Batista, mas manteve sua calma. No final de sua vida,
ouviu: “Disse-lhe, então, Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti? E nem
uma palavra lhe respondeu, de sorte que o governador estava muito maravilhado.”
Mt 27.13-14.
4 – FAMINTOS
DE SEDE E JUSTIÇA
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque eles serão fartos.” Mt 5.6. Jesus foi justo em suas pregações e
respostas. Não agradou seguimentos no intuito de algum favor por receber. A
fome e sede de justiça continuam para os escolhidos. Os homens nunca poderão
preencher esse anelo da alma; só Deus o pode. Moisés tentou fazer justiça, mas
não deu certo. Ele não está fazendo referência à justiça falha dos homens, mas
a justiça excelsa e absoluta de Deus. A justiça que o dinheiro e a fama não
influenciam.
5 –
MISERICORDIOSOS
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles
alcançarão misericórdia.” Mt 5.7. Jesus foi misericordioso com a pecadora, com
Pedro, com o moço rico, com Maria Madalena, e até com os seus inimigos.
Ordenou-nos a orar por eles. Perdoou seus algozes. Perdoou o ladrão condenado.
Foi compassivo. Ao ver as ovelhas desgarradas, sentiu compaixão. Saiu à busca
delas. Estender a mão ao fraco é próprio de quem ama. O salmista proclamou:
“Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do
mal.” Sl 41.1.
6 – LIMPOS
DE CORAÇÃO
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque
eles verão a Deus.” Mt 5.8. Jesus viveu em santidade o tempo todo em que viveu
na terra em meio aos pecadores. Não se achou engano nos seus lábios e nem
maldade em seu coração. Ninguém pôde condená-lo por algo repreensível. O
próprio Judas traidor disse: “Pequei traindo sangue inocente.” O maior desafio
não é fazer milagres, mas viver em pureza de alma. Jesus disse: “E aquele que
me enviou está comigo; o Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que
lhe agrada.” Jo 8.29. Mãos limpas. Caráter ilibado. Transparência mercantil.
Vida cristã santa.
7 –
PACIFICADORES
“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles
serão chamados filhos de Deus.” Mt 5.9. O profeta Isaías vaticinou o título
Nobel de Cristo: Príncipe da Paz! Jesus viveu em paz. Proclamou a paz. Fez a
paz entre Deus e os homens e entre nações que se agrediam entre si. Ensinou:
“E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa.” Lc
10.5. O Novo Testamento adverte: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a
qual ninguém verá o Senhor.” Hb 12.14. Ao se despedir dos discípulos disse:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se
turbe o vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14.27. O galardão está embutido em
cada bem-aventurança.
8 –
PERSEGUIDOS
“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por
causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus.” Mt 5.10. Ninguém foi mais
perseguido do que o Mestre Jesus. Desde a notícia de seu nascimento as
perseguições começaram. Só terminaram com sua morte. Leiamos: “Se o mundo vos
aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fôsseis
do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu
vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece.” Jo 15.18-19. Ainda que
os justos vivam sem incomodar os ímpios, eles não gostarão da presença dos
servos de Deus em razão da vida santa que estes levam. “Mas é para que se
cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Aborreceram-me sem causa.” Jo
15.25.
9 –
CALUNIADOS
“Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem,
e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai- vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mt 5.11-12. As testemunhas
falsas apareceram no meio da multidão diante de Pôncio Pilatos. Asseguravam que
Jesus se negara a pagar os impostos e que afirmara reedificar o templo em três
dias ainda que este fosse derrubado. Calúnias. Injúrias. Difamação. Nabote
bebeu a taça amarga delas. José do Egito foi encarcerado por vestígios
fabricados. Um dia, a verdade trará à luz as obras dos homens. É o que Salomão
previu: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus
mandamentos; porque este é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a
juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”
Ec 12.13-14.
Conclusão:
As
afirmativas benditas do Senhor, cheias de esperança, estão embasadas no amor.
Aquele que for agraciado e buscar viver na dimensão predita terá o paraíso no
coração. Terá o clima do céu, do amanhecer ao anoitecer. Mesmo nas situações
mais contraditórias, o seguidor de Jesus Cristo caminhará sem desvanecer. As
bem-aventuranças não são expressões bombásticas para conquistar a popularidade
das massas, mas são caridosas que impõem responsabilidade.
Que Deus em Cristo vos abençoe!
fonte:estudosgospel.com.br
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