veja como se adaptar
Hormônio regulador do sono, a melatonina, acionado pela falta de luz, é alterado com a mudança de horário
O horário de verão começou hoje (21), quando os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mais o estado do Tocantins, adiantaram seus relógios em uma hora a partir da meia-noite deste sábado (20) para o domingo (21), que vai até 17 de fevereiro de 2013. A mudança é para aproveitar melhor a luminosidade do dia nesta época do ano, reduzindo o consumo de energia nos horários de pico e evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara e mais poluente do que a gerada pelas hidrelétricas.
Se não houver adaptações para a mudança de horário, algumas pessoas podem apresentar cansaço, fadiga e até mesmo chegar à exaustão, de acordo com o fisiologista Hildeamo Bonifácio.
“Nesse quadro de exaustão, a pessoa mostra sinais parecidos com doenças, como irritabilidade, dor de cabeça, diarreia e mudanças de humor”.
Bonifácio recomenda que, na primeira semana de mudança de horário, as pessoas aumentem a ingestão de líquido e façam refeições leves. Também deve ser mantido o horário das refeições, para o cérebro se adaptar o mais rápido possível com a mudança. “Se a pessoa está acostumada a tomar café às 7h, agora vai ter que tomar no mesmo horário, mesmo que ainda não tenha tanta fome”.
A mesma tática deve ser adotada com o sono. Quem está acostumado a dormir às 22h, por exemplo, deve manter o horário, mesmo que ainda não tenha sono. “Se essas orientações não forem seguidas, é como se a pessoa estivesse em uma semana de carnaval: vai dormir tarde, acorda tarde, aí muda todo o relógio biológico”, diz o fisiologista.
Pelas dificuldades de adaptação do organismo, a mudança de horário está longe de ser uma unanimidade entre a população.O início do novo horário significa dormir e acordar uma hora mais cedo e exige certa adaptação do organismo. Segundo o médico Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o melhor sono ocorre duas a três horas depois de escurecer. E o hormônio regulador do sono, a melatonina, acionado pela falta de luz, é alterado com a mudança de horário.
Para manter a saúde, esses cuidados com o sono devem ser constantes o ano todo. "Dificuldade de dormir ou de acordar podem predispor o paciente a problemas cardíacos. O infarto, por exemplo, costuma ocorrer algumas horas depois de acordar e, principalmente, na segunda-feira, dia que o estresse comumente aumenta", diz Lichtenstein.
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